sábado, 24 de maio de 2008

Duas ou três palavras sobre banda larga no Brasil

Oi Pessoal

Estou aqui para trazer á tona uma discussão sobre os serviços de banda larga no Brasil se percebe que enquanto o mercado consumidor de serviços de banda larga, o Brasil vive uma realidade dúbia: ao mesmo tempo em que há empresas se vangloriando de oferecer acesso à internet usando banda de até 8Mb, a maioria absoluta dos usuários ainda navega a velocidades inferiores a 1Mb. Isso, é claro, quando as operadoras entregam pelo menos 50% da velocidade contratada - na maior parte das vezes, lá na ponta o cliente não chega a meros 10%.
A verdade é que, por mais que a gente se considere mercado de primeiro mundo, usamos tecnologias que em países desenvolvidos nem chegariam a ser oferecidas. E não há para onde correr: ou contratamos velocidades ínfimas pagando caro e recebendo uma fração do que vem descrito em contrato ou ficamos de fora, sonhando com o dia em que navegaremos com o mínimo de conforto.
Semana passada, escrevi uma matéria sobre o excesso de downloads (limite de tráfego) e o que a prática pode acarretar aos clientes de operadoras de internet a cabo - no caso, Net/Vírtua e TVA/Ajato. Num país em que a infra-estrutura ainda é pouca para as necessidades de tão extenso continente, os clientes precisam se contentar em alguns gigabytes de download/upload, correndo o seriíssimo risco de terem seus serviços ainda mais limitados.
Estamos sempre à mercê de um amadorismo que já deveria ter sido extinto há muito tempo. Num país de primeiro mundo, um cliente poderia ter o direito de 1) contratar um plano que fosse a sua cara, com a quantidade de gigabytes que lhe satisfizesse e navegando a velocidades que não o incomodassem. Mas não é assim. Desta forma, acabamos caindo na história do “temos é que agradecer pelo pouco que recebemos”. Mesmo que isso implique no pagamento de uma fortuna, porque os planos não são baratos mesmo quando limitados. E como as coisas funcionam lá fora?
Em primeiro lugar, a maioria absoluta de nós ainda precisa lutar para conseguir assinar um plano de banda larga cuja velocidade seja superior a 2Mb. As operadoras não têm estrutura para cobrir a demanda mas também não querem abrir mão de seu monopólio nas regiões.
No Rio de Janeiro é assim: a Oi domina o mercado mas não dá conta do número de clientes querendo assinar pacotes que incluem acesso veloz.
Assim, há aberrações como a de um amigo que mora e tem empresa em Ipanema. Ele está há meses atrás da Oi querendo assinar um pacote de 2Mb e não consegue porque a operadora diz que “há um número enorme de clientes querendo o Velox na zona sul do Rio e não estamos dando conta da demanda”. Ou seja, eles não podem prestar o serviço mas não querem que ninguém o faça. E por que uma empresa do porte da Oi não dá conta da demanda de clientes? Porque não quer investir em infra-estrutura. Ou alguém acha normal uma cidade com a qualidade de vida (e de renda) de Niterói que ainda nem tem planos de 2Mb?
Em que lugar do mundo a terceira cidade em qualidade de vida do país não teria um serviço desse nível?
Adianto que dei os exemplos de Rio e Niterói porque são os que conheço melhor (trabalho na primeira, moro na segunda) mas poderia citar qualquer cidade do país. E se a coisa aqui está nesse nível, imagina como estará em estados mais afastados de onde (dizem as empresas) está concentrada toda a grana? Assim, toda vez que escrevo uma reportagem sobre banda larga, recebo uma enxurrada de emails de leitores que moram na cidade X, Y, Z, que podem pagar por um serviço de banda larga mas as empresas simplesmente não levam o serviço até lá.
Falamos em velocidade de acesso porque é o item que chama mais a atenção quando o assunto é banda larga, mas ele não é o único.
Enquanto na Europa há países navegando a 100Mbps, rastejamos por aqui no 1Mb e no 2Mb, com raras exceções de sortudos que já conseguiram planos de 8Mb, mesmo assim tendo de deixar a mãe alienada na conta.
Porque internet no Brasil, por mais que as empresas digam que não, ainda é cara à beça.
E se a baixa velocidade não fosse problema suficiente, ainda somos mal atendidos.
Vou dar um exemplo que aconteceu comigo recentemente: sou cliente da Oi e tenho um pacote Oi Conta Total - telefone fixo, móvel e banda larga (de 1Mb) por R$ 239. Pagamento sempre em dia, tudo certo até que um dia sou obrigada a me mudar de residência. Saí de um bairro (Icaraí) para outro muito próximo (Jardim Icaraí).
Assim, ligo eu para a Oi solicitando a transferência do meu Oi Conta Total para o novo endereço. Tudo ia bem até que a atendente, muito rispidamente, me informa que na minha casa nova não há viabilidade técnica para receber o Velox. Tirando o fato de que a casa nova fica muito perto da antiga, resolvo aceitar o argumento da inviabilidade técnica (balela, é claro) e pergunto quanto terei de desconto por não ter mais acesso ao Velox. A resposta?
“A senhora vai ter de continuar pagando o mesmo preço, porque o Velox não é um serviço, e sim um benefício”. Nem preciso dizer que a frase não fazia o menor sentido. Bem, depois de tentar novamente com outra atendente, já que a primeira parecia não entender bem o português, decidi cancelar o contrato.
“A senhora não pode cancelar o contrato até que vençam os dozes meses de vigência do mesmo”. Dessa vez me enfezei e decidir brigar: “Mas como assim, vocês não podem me fornecer um serviço pelo qual eu estou querendo pagar (e caro) e ainda por cima sou obrigada a respeitar um contrato que vocês não estão cumprindo?”
Depois de muitos “é isso mesmo, senhora, não tem jeito”, decidi levar o caso à Ouvidoria da empresa. A
lgumas semanas depois, “milagrosamente” o Velox “apareceu” no prédio novo e eu pude receber o serviço.
A questão é que esse tipo de coisa acontece todo dia. E não temos a quem recorrer. Tenho certeza de que cada um tem uma história pior pra contar. Fico preocupada quando o que deveria ser exceção (atendimento ruim, falta do serviço que se pretende contratar, etc) se torna a regra. Por essas e por outras, o mercado brasileiro de banda larga ainda está a mil léguas do ideal e beira ao amadorismo. E será que com o 3G a situação vai melhorar?
Com o aumento da concorrência, pode ser que o cenário fique um pouco menos pior, mas enquanto reinar no Brasil a política do amadorismo tudo vai sendo oferecido assim, aos trancos e barrancos. Infelizmente.



Fonte:FórumPCs



Att



Juliana Prado Uchôa
Microsoft Student Partner
Líder do grupo CHANNEL TI

2 comentários:

Anônimo disse...

paneileiro do caralho pah!
a unica coisa que o brasil tem larga é a buceta das brasileiras que são todas umas puta de merda! metem noje, noje!!! *escarra*

mas admito que eu FODIA bem melhor uma cona dessas do que alguma vez o farás seu paneileiro do carelho oh o do caralho pah! nojento do caralho pah! vai mamar narsos pah! devias ter vergonha paneleiro do caralho pah!

Cenouras no cu pah! gostas é de cenouras no cu! seu paneileiro do caralho, metes noje, NOJE! *escarra na fuça*

Anônimo disse...

É amigão não entendo os motivos de sua revolta.
Pelo que vejo você não é brasileiro (Acredito ser português) e demonstra revolta ao nosso país ? A única podridão que temos no país é algumas pessoas sem escrúpulos (políticos principalmente) mais não devemos confundir dirigentes com nação, e o Brasil é uma nação maravilhosa.
Se desconhece procure conhecer que vai mudar seu conceito.
Ânimo camarada !