A receita bruta do setor de TV por assinatura alcançou 2 bilhões de reais no primeiro trimestre deste ano, uma alta de 24 por cento sobre igual período do ano passado.
Os dados foram apresentados nesta quarta-feira pela Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), com base em dados informados pelas operadoras.
Os números divulgados pela ABTA mostram que a indústria diversificou suas fontes de receita em um ano, com ampliação da fatia obtida pela Internet.
Nos três primeiros meses deste ano, a assinatura mensal de TV paga respondeu por 55 por cento da receita bruta das operadoras, enquanto o acesso de banda larga gerou 35 por cento. A programação em pay-per-view foi responsável por 3 por cento, enquanto as taxas de adesão geraram 1 por cento.
No mesmo trimestre de 2007, a assinatura mensal da TV paga era 79 por cento da receita, enquanto a banda larga respondia por 14 por cento. Os programas em pay-per-view mantiveram os 3 por cento de participação.
A rubrica Outras, onde estão serviços de assistência técnica, venda de revistas de programação e serviços empresariais, respondeu por 6 por cento do faturamento no primeiro trimestre deste ano, índice que era de 3 por cento há um ano.
Em número de assinantes, o crescimento foi de 13 por cento no serviço de TV por assinatura, para 5,4 milhões de clientes, e de 45 por cento no serviço de Internet banda larga, que totalizou 1,94 milhão de usuários em março.
POLÊMICA DO PONTO-EXTRA
A polêmica sobre a cobrança do ponto-extra de TV paga, iniciada em junho com uma nova regulamentação do setor, ganhou um fato novo nesta semana.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) colocou em consulta pública uma proposta para que a cobrança só aconteça uma única vez —e não mensalmente, como é hoje— para pagamento de uma taxa de instalação do decodificador na casa do assinante.
A ABTA, entretanto, argumenta que "o decodificador não é a parte mais importante" e que, no ponto-extra, "a rede fica ativa 24 horas por dia, mesmo quando o usuário não está em casa", segundo Alexandre Annenberg, diretor executivo da associação.
O ponto-extra responde por 10 a 15 por cento da receita das operadoras e seu custo ao assinante é de algo como 20 por cento do preço da assinatura total.
Para tentar encontrar um consenso, a ABTA pediu ao Centro de Pesquisa em Telecomunicações (CPqD), de Campinas (SP), que elabore "um estudo isento" sobre o assunto nos próximos dias, informou Annenberg.
Fonte:Reuters
Att
Juliana Prado Uchôa
Microsoft Student Partner
Líder do grupo CHANNEL TI
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